Loteamento Jd. Sílvia é regularizado

Por Folha de Embu | 8/05/2009

A comunidade do Jardim Sílvia compareceu em peso para prestigiar a solenidade que marcou a regularização do loteamento, no sábado, 25, no Memorial Sakai, onde também estiveram presentes vereadores e autoridades municipais. A regularização é o primeiro passo para que os moradores consigam a escritura de seus imóveis. A luta pela regularização do bairro é antiga. Os moradores do local lembram que há 28 anos, uma comissão de moradores do bairro foi constituída com esse fim. Entretanto, somente durante a administração do prefeito Geraldo Cruz o processo de regularização avançou. O trabalho iniciado por Geraldo Cruz foi continuado por Chico Brito, e, em breve, os moradores vão ter suas escrituras em mãos.

"Não dá para tirar a escritura sem a regularização do loteamento. O próximo passo é definir como será feito o trabalho de orientação dos moradores para retirar individualmente as suas escrituras", explicou o prefeito Chico Brito, garantindo que a prefeitura continuará dando todo o suporte jurídico necessário para que os moradores retirem suas escrituras definitivas.

O prefeito Geraldo Cruz, que administrou a cidade entre os anos de 2001 e 2008, destacou que o registro do loteamento representa uma segurança para os moradores, pois vai permitir a valorização dos imóveis do local. Ele ressaltou que a regularização do loteamento foi possível graças ao empenho dos moradores. Geraldo Cruz lembrou que pela primeira vez o governo federal disponibiliza recursos para legalizar loteamentos em todo o país e avaliou que essa política trará reflexos positivos em todo o Brasil.

"Assumimos a responsabilidade de ajudar a fazer, mas não podíamos assumir os erros que outros governos cometeram. Hoje, estamos comemorando essa conquista dos moradores que acreditaram no trabalho da comissão que lutou pela regularização", assinalou Geraldo Cruz.

O presidente da Câmara do Embu, professor Silvino Bonfim, lembrou que o Jardim Silvia foi o primeiro loteamento oficial da Comarca de Itapecerica da Serra. Ele parabenizou os moradores pela conquista e disse que a luta deles é a mesma de outros bairros da cidade.

Inicialmente, mais de 600 pessoas serão beneficiadas pela regularização. Entretanto, após a finalização dos processos de desmembramento o número pode chegar a 1.000.

O secretário de Planejamento Estratégico e Desenvolvimento da cidade de Arthur Nogueira, Antônio Lopes Cordeiro, participou da solenidade com a finalidade de conhecer o programa de regularização da cidade para tentar implanta-lo no seu município. Ele disse que o seu município tem 74 áreas irregulares. "Estamos buscando experiências que deram certo", resumiu.

Regularização marca nova era para os moradores do bairro

Os moradores mais antigos do Jardim Silvia lembram que a promessa de regularizar o local era antiga. Agora, eles dizem que já se sentem mais seguros, pois além poder ter a escritura definitiva de seus imóveis sabem que os mesmos serão mais valorizados. Além disso, eles destacam a segurança de que vão deixar para os filhos um imóvel situado numa área regulamentada.

Os moradores contam que durante os períodos de campanha eleitoral, a presença dos candidatos no local era intensa, sempre prometendo a regularização do loteamento. Eles relatam que passada a eleição o assunto era esquecido e só voltava a renascer novamente no período pré-eleitoral. Essa realidade acabou deixando muitos deles céticos em relação ao assunto. Só agora, com a legalização do loteamento eles voltaram a crer que é possível ter a escritura de seus imóveis. O loteamento foi aprovado em 1957, quando Embu das Artes ainda pertencia a Comarca de Itapecerica da Serra.

A falta de esperança dos moradores mais antigos em relação à regularização também foi um dos impedimentos enfrentados pela comissão que há 28 anos lutava pela regulamentação da área.

"Não foi fácil. Ao longo dos anos, muitas pessoas deixaram de acreditar que era possível. Isso só começou a mudar quando Geraldo Cruz passou a apoiar a nossa luta", lembra a ex-vereadora Ana Maria.

Segundo ela, a história do loteamento é a mesma de vários outros da cidade, que a partir de agora também passarão a ter esperança de que é possível conquistar a regularização.

Dona Hortência da Silva Cintra, 61 anos, moradora da rua Distrito Federal, nº 51, estava otimista com a regularização. Ela disse que está mais tranqüila, pois, agora, o futuro dos quatro filhos está garantido. "A escritura é uma segurança para a gente", observa.

Dona Mariana Silva, 60 anos, afirma que agora o seu imóvel vai ser valorizado. "A gente ficava com medo de perder o que conseguiu com muita luta. Agora vai ser diferente", avalia.

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